10 de ago. de 2010

Estudantes protestam contra propaganda enganosa sobre educação e oligarquia Sarney

     "Estudante consciente não vota na oligarquia. Não vota na família que há décadas mantém o Maranhão no atraso. Não vota nos Sarney", entoava a todo intervalo musical o presidente da Central Estudantil Secundarista, CES, Lucivaldo Lopes. Na plateia, milhares de estudantes (foto) aplaudiam o protesto no ato público do Dia do Estudante, um dia antes da data comemorativa, na Praça Deodoro.
     Desde o início da tarde, os estudantes repetiam o ritual de protesto em frente ao CEM Gonçalves Dias, uma das dezenas de escolas da rede estadual a aderir ao movimento de esclarecimento à classe sobre as várias facetas do domínio oligárquico.
     "Todo dia o sistema mentira de comunicação quer nos fazer acreditar que aqui temos a melhor educação e a melhor saúde. Querem dizer que a Roseana assumiu o governo por decisão de quatro ministros e tudo ficou melhor. Eles terão o troco no dia 3 de outubro", advertiu Lucivaldo em meio a gritos e aplausos.
     No palco, além do presidente do CES, dirigentes do Movimento Estudantil Independente, MEI, entidade que organizou o protesto, e membros do Conselho Regional de Biblioteconomia. Juntos eles clamaram pela abertura da Biblioteca Pública Benedito Leite. Fechada há um ano, a única biblioteca pública da Secretaria de Estado da Cultura aguarda a reforma anunciada pelo atual governo.
     Os estudantes alertam para as mentiras plantadas sobre a melhoria da educação. Também reclamam por saúde. "Os hospitais estão fechados para reformas desde o início do ano.Eles disseram que dentro de 120 dias entregariam o PAM Diamanete ae até hoje os doentes esperam", bradou Victor Fontinele, do Movimento Estudantil Independente.Só resta aguardar a resposta no dia 3.
     Coincidentemente, no dia 10 de agosto na folhinha de efemérides é a data de comemoração do aniversário de nascimento do poeta Gonçalves Dias e da fundação da Academia Maranhense de Letras. Mas ali, na Praça Deodoro, coração nevrálgico e cívico da cidade, os estudantes, quase todos da rede pública, repudiaram o poder imortal. Embora com respeito, conjungaram com protesto, mesclado com festa, o tempo futuro.

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