15 de abr. de 2011

Beija Flor vem para o beija mão com Roseana com chances de lavar a burra

    A escolha dos 400 anos de São Luís como enredo da escola de samba Beija Flor de Nilópolis, do Rio de Janeiro, antes mesmo que seja selada, provoca reações mais contrárias que favoráveis.
    Carnavalescos ligados às escolas-de-samba maranhenses e às outras agremiações acham que o financiamento da escola carioca pelo Estado esvaziará os cofres para os nativos. Recheados nos últimos anos pela política de cooptação. Afinal, quem não bate palma para tamanhã bondade. Até mesmo a Bandida cai nessa praia.
    Logo, logo surgiram os defensores da genial ideia de colocar o Maranhão - e os seus 400 anos de descobrimento (sic) - na mídia internacional de carona com as suculentas mulatas cariocas.Da Madre Deus devemos oferecer Patativa para ser destaque ou rainha da bateria.
    Fosse essa coca-cola toda o convite dos dirigentes da escola azul e branca do Rio de Janeiro, nas ruas do centro histórico de São Luís se andaria tropeçando em turistas, e não nos buracos  ou outras saliências protuberantes da falta de cuidado dos setores públicos com o patrimônio. "Venha ver de perto como se abandona o patrimônio cultural da humanidade", deveria ser a placa posta em um dos portais erguidos com recursos da Secma, pós-desfile vitorioso ou não no Sombódromo do Rio.
    Fruto maduro da mídia, a governadora do Estado costuma abrir sorrisos em fotos ao lado de Felipe Dylon (o dublê de surfista e cantor que aqui esteve para ajudar as vítimas das enchentes), de Guilherme Fontes (o ator trambiqueiro que passou a perna em Chatô e veio pedir financiamento do rico Maranhão para concluir o filme nunca concluído) e até com um dos filhos de Francisco, Zezé.
    O carnaval carioca será uma oportunidade ímpar de momentos de celebridade e também a panacéia que faltava para banirmos de vez a violência, o analfabetismo, as escolas ruindo, e toda a ala do Bolsa Família, a maior do Brasil.

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