17 de jun. de 2010

Durante palestra em universidade pré-candidato do PSOL defende invasões em fazendas para chamar atenção

     Em palestra organizada por estudantes de Direito da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) e integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), o pré-candidato à presidência, Plínio de Arruda Sampaio (Psol), defendeu as invasões da organização em fazendas como a da Cutrale, no interior de São Paulo, onde três mil laranjais foram destruídos pelos participantes, em outubro de 2009. Plínio apoiou o ato ao ser questionado sobre o motivo pelo qual o movimento não abre mão da violência e defende a reforma agrária por vias legais.
     O candidato socialista disse, em tom irônico, que há violência no MST, pois "é o jeito de chamar atenção". "Quando me perguntaram, no Senado o que eu achava de quebrarem três mil árvores da Cutrale, respondi que o MST errou, pois deveriam ter queimado 30 mil. Sabe quantos laranjais ela tem? Um milhão", disse.
     Para Plínio de Arruda Sampaio, a reforma agrária é possível e indispensável. "O pai daquele menino que está empinado pipa ou sendo levado para o narcotráfico na favela, em algum momento, teve que sair do campo (...). Coordenei um projeto para assentar um milhão de famílias, reduziram pela metade e nem isso fizeram", afirmou.
     Ao fim de sua fala, o pré-candidato pediu para levantar o braço aqueles que usam o Twitter e disse estar decepcionado com a resposta positiva de apenas metade do público, de aproximadamente 400 pessoas, segundo a organização. Por fim, disse à plateia, que "a maioria dos velhos é reacionária", mas não deveriam ser e provocou: "Nós temos que ter rebeldia. Esse País está muito conformado".

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