19 de abr. de 2011

Greve dos professores da rede estadual de ensino no Maranhão já dura 50 dias

     O Sindicato dos Trabalhadores na Educação Pública no Maranhão, Sinproesemma, promove nesta terça-feira,19, uma assembleia geral para discutir os encaminhamentos da greve iniciada em 1º de março.
    A assembleia está marcada para as 15 horas no auditório da Fetiema, na Praça da Bíblia, centro de São Luís.
    Em greve há 50 dias os trabalhadores da rede pública de educação do estado reivindicam a implantação do Estatuto do Educador, a adoção do piso salarial, previsto em Lei e mais 21 ítens da pauta apresentada ao governo do estado.
    No artigo postado no site do Simproessema, o presidente do sindicato Júlio Pinheiro analisa a campanha para desmoralizar a categoria. Confira abaixo o artigo de Pinheiro:
A tropa de choque da governadora
    O Governo do Estado, desde o início da greve dos educadores, tenta, a todo custo, enfraquecer o movimento grevista, numa demonstração de autoritarismo que só se viu em momentos de exceção - atos de tanta brutalidade e repressão, só na Ditadura Militar. Em quase 50 dias de greve, nunca fomos recebidos pelo governo para discutirmos nosso pleito. Não houve uma sinalização de qualquer membro desse governo autoritário, que quando se manifestou, foi para pedir o fim da greve e constranger os trabalhadores.
    Percebendo a repercussão negativa que pode gerar com o desgaste do seu governo, se a greve durar por mais tempo, a governadora mobilizou todo seu pessoal, do alto escalão, e mais o deputado Roberto Costa para acabar, a qualquer custo, com a greve justa e legal dos trabalhadores da educação. Como instrumento, usa os veículos de mídia do estado, a maioria nas mãos de sua família e de seus aliados políticos.
    Os caciques do governo estão se lixando para educação do Maranhão. A história é fiel. A revolução pregada na campanha eleitoral de Roseana é fantasia, engodo, falácia da governadora, que não recebeu o sindicato para negociar, em nenhum momento da greve, e ainda se fez de desentendida, durante todo esse tempo.
    Para o governo, é melhor desmoralizar a categoria, porque fica mais fácil para eles sucatearem a educação e, ao mesmo tempo, manter os trabalhadores sob braço de ferro, pois podem perder a esperança no seu sindicato e ficar com trauma de qualquer greve. No discurso deles, “o mal tem que ser cortado pela raiz”, ou seja, no começo do governo. Fazem isso como demonstração de força e para evitar dar fôlego ao sindicato, que pode manter o governo Roseana, sob sua mira e vigilância constante, como foi nos governos Zé Reinaldo e Jackson Lago.
    Todos os itens da pauta de reivindicação dos educadores são de conhecimento da governadora Roseana, porque o governo é o mesmo há 50 anos. As pessoas são as mesmas no comando do Estado e os métodos de autoritarismo também são os mesmos. O Estatuto que queremos aprovar, com a lei do piso, é o mesmo que nunca foi cumprido pela Roseana. As progressões, titulações, e promoções são as mesmas, garantidas em Lei, mas que a governadora Roseana nunca concedeu, de forma automática, aos trabalhadores.
Professor Julio Pinheiro
Presidente do SINPROESEMMA

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